sexta-feira, 25 de abril de 2008

FISL 9: OFBiz, Open Source For Business


The Open For Business Project
Mais uma palestra interessante. Neste caso, para mim, foi surpreendente, pois embora eu já tivesse até visitado o site do projeto algumas vezes, não havia entendido em detalhes a proposta do OFBIZ. Na apresentação do Ean Schuessler (figuraça) com o Bruno Souza, ficou claro o quanto o projeto é ambicioso. De acordo com o Ean, a idéia é que as empresas possam transformar aquilo que há de práticas comuns ou recomendadas para o seu ramo de atividade em funcionalidade disponível para qualquer instituição do mesmo ramo, de modo que este esforço colaborativo permita estabelecer um novo patamar de qualidade para as aplicações que cuidam do negócio da empresa. O termo negócio aqui revela o foco acentuado na atividade fim das empresas, tanto que no site do projeto são citadas aplicações como ERP, CRM. E-Commerce, etc. A idéia é fornecer um framework que permita até a programadores "do negócio" desenvolverem aplicações que ajudem a otimizar os processos de trabalho das empresas. Neste sentido, o OFBIZ é um framework de componentes já disponíveis para uma gama de segmentos e aplicações já citados, e flexível para absorver novos componentes, de modo a se tornar um grande framework corporativo de código aberto disponível mundialmente. Tudo muito lindo, mas dois participantes levantaram questões muito pertinentes, no meu entender. Primeiro, foi colocada a questão da pouca colaboração observada no Brasil, onde todo mundo usa software livre mas muito poucos desenvolvem e "retornam" para a comunidade o benefício que obtiveram. Segundo, a questão da competitividade pode levar empresas a não cooperar com este "modelo de negócio compartilhado", pois isto poderia significar a revelação de detalhes estratégicos que poderiam nivelar os concorrentes e prejudicar a empresa que contribuiu. Para a primeira questão, Ean respondeu que por mínimas que sejam as contribuições, o fato de elas existirem já trará ganho. E para a segunda, ele pontuou que as empresas precisam definir o que pode ou não ser tornado público de modo a evitar que questões estratégicas que tenham impacto na sua competitividade sejam divulgadas para os concorrentes. Agora é ver como o projeto, que já conta com uma quantidade razoável de funcionalidades, vai ser visto pelas empresas.

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