Vi na Linux Magazine um texto muito interessante (embora filosófico, é curto) de 2008 que revelava as preocupações do CTO da Linux Foundation, Ted Ts'o, com o futuro do Debian, cujo radicalismo (minha opinião) tem atrapalhado a sua evolução. Ted apelava para que a a versão 5.0 da distribuição ("Lenny") adotasse uma abordagem mais pragmática, como a do Ubuntu, relativizando questões como a exigência de que as aplicações fossem "100% livres", o que às vezes não é viável, como no caso de alguns drivers de dispositivos. Isso acaba criando limitações que atrapalham os próprios usuários da distribuição, que deveriam ser os maiores beneficiados. Um caso clássico de problemas que podem decorrer deste tipo de postura radical foi o do logo do Firefox, que causou a mudança do nome do browser para Iceweasel, pelo fato de que o logotipo era "copyrighted", para proteger a marca da Mozilla, uma atitude bastante compreensível e até importante para o próprio sucesso do navegador, que precisa de uma identidade visual protegida. Alguns problemas decorrentes dessa atitude se sucederam e hoje são necessários alguns artifícios para usar o Firefox da Mozilla no Debian.

Nenhum comentário:
Postar um comentário