quarta-feira, 11 de setembro de 2013

5 dicas fantásticas sobre o vSphere 5.5



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Falamos recentemente sobre a chegada da mais nova versão da solução da VMware, e é chegada a hora de detalhar algumas das mudanças mais interessantes.

1 - Mudanças no DRS

A funcionalidade de balanceamento de carga foi aprimorada. Alguns parâmetros de configuração avançados têm sido adicionados a cada nova versão, mas uma em especial vale a pena mencionar: LimitVMsPerESXHostPercent.

Antes de detalhar este parâmetro, é importante falar de outro, introduzido na versão anterior: LimitVMsPerESXHost. Este parâmetro permite definir a quantidade máxima de VMs que um host deve executar. Simples, não é ? É, mas também é limitante, pois se a quantidade total de VMs no ambiente cresce, este valor precisa crescer também, correto ? É aí que entra (!) o LimitVMsPerESXHostPercent.

O novo parâmetro permite definir, ao invés de um valor fixo, um percentual de VMs no ambiente que um host pode executar. Pra ser mais correto, a conta é a seguinte: cada host pode executar M + %M, onde M é a média de VMs por host no ambiente, e % é o valor do parâmetro. Assim, se a quantidade total aumenta, o parâmetro automaticamente reflete isso.
Exemplificando: se o ambiente tem 16 VMs e 4 hosts, e o valor do parâmetro é 50%, cada host pode rodar 4 (M -> 16/4) + 0.5x4 = 6 VMs. Se o ambiente cresce pra 40 VMs, cada host agora poderá rodar 10+0.5x10 = 15 VMs.

Outra novidade interessante é que a configuração de VMs sensíveis a latência, introduzida também na versão anterior, é tratada de forma mais adequada ao que se propõe. Esta configuração indica que uma VM hospeda uma aplicação cujo tempo de resposta é crítico, e por isso uma operação como vMotion pode prejudicar seu funcionamento, e só deve ser feita se realmente necessário.

Anteriormente, esta configuração simplesmente não era respeitada pelo DRS, e VM poderia ser migrada em qualquer situação de desequilíbrio do balanceamento de carga entre os hosts.

Agora, esta configuração (que pode ser feita via Web Client) é, digamos, mais respeitada, sendo considerada uma regra soft de afinidade, o que significa que a VM só será migrada em último caso.
Para mais informações sobre novidades no DRS, confira o Yellow Bricks.

2 - Mudanças no HA

Não houve nenhuma mudança drástica no HA, ao contrário do lançamento do vSphere 5, quando o componente de alta disponibilidade foi totalmente redesenhado. Mas há uma novidade em especial que pode ser bem útil. O parâmetro das.respectVmVmAntiAffinityRules permite indicar que as regras de afinidade entre VMs devem ser respeitadas.

Isto é especialmente útil num cenário em que haja mais que 2 hosts no cluster, e haja regra(s) de afinidade indicando VMs que devem estar em hosts distintos por contingência (imagine dois servidores de diretório rodando num mesmo host, e o host falha!).

Nesta situação, caso um host falhe (restam dois, portanto) e a configuração esteja definida como true, a regra de afinidade será respeitada, e caso uma das máquinas estivesse rodando no host que falhou, ela seria alocada no host distinto do que hospeda a outra VM afetada pela regra. Ou seja, não há o risco de as duas VMs de autenticação serem hospedadas no mesmo host.

Mas é importante frisar que, neste cenário, caso haja a falha de um outro host (restando um, portanto), a regra de afinidade continuará a ser respeitada, fazendo com que uma das VMs de autenticação não seja reiniciada automaticamente pelo HA. Por isso, utilize este parâmetro com cuidado.
Mais detalhes com o Duncan.

3 - vCenter Appliance menos limitado

Outra mudança bem vinda diz respeito à redução das limitações do vCenter Appliance, que fornece uma alternativa para quem prefere ou precisa usar um servidor Linux para o vCenter.

Agora o appliance permite gerenciar até 100 hosts e 3000 VMs, um enorme salto em relação ao limite anterior, de 5 hosts e 50 VMs.

Outras melhorias "menores" dizem respeito ao suporte a drag and drop, cluster de banco de dados e OS X.

4 - vFlash

Esta eu achei sensacional! O vSphere Flash Read Cache (Tabajara :), vFlash pros íntimos, permite utilizar o disco local (SSD) do host como cache para leitura de dados, evitando o acesso ao storage.

Acho que isso pode ser motivo suficiente para investir em discos SSD no host, a depender do volume de acessos, é claro. Mas considerando a tendência inevitável do uso de discos SSD, acredito que, na pior das hipóteses, este recurso oferece mais uma alternativa a ser considerada pela empresa quando chegar a hora de investir nesta tecnologia de armazenamento. E, pra quem já investiu, certamente é uma ótima notícia, afinal representa mais uma possibilidade de justificar o investimento.

Pra saber mais detalhes, inclusive o passo a passo da configuração, confere lá o site dele, sim, o Duncan, do Yellow Bricks :)

5 - Virtual SAN

Esse é "O RECURSO"! O Virtual SAN, VSAN, ou ainda vCloud Distributed Storage, é um sistema de armazenamento de dados distribuído e integrado ao hypervisor.

O VSAN permite utilizar a capacidade e desempenho do armazenamento local dos hosts para criar uma SAN estupidamente simples de gerenciar. Se o cluster cresce, a capacidade e desempenho da SAN vai junto. Perfeito, não é mesmo ? Mais ou menos.

Infelizmente, nem tudo são flores. Para ativar o recurso (basta criar uma rede VMkernel pra ele e habilitar uma opção!), é necessário que os hosts que participarão da SAN (como fornecedores) possuam pelo menos um disco SSD e outro comum.

Tem gente (muito boa, por sinal!) por aí fazendo truques pra criar discos SSD falsos, mas obviamente eu não recomendo, exceto em ambiente de testes.

Agora faz mais sentido pra mim a idéia de ter o ESXi pré-instalado num disco SSD do servidor.
Quando li sobre o recurso, fiquei pensando se ele não foi inspirado de alguma forma pelo CEPH. Será?  (Open Source Rulez!)

Para mais informações, você já sabe :)
E então, o que acharam das novidades ?
Deixem suas impressões (não as digitais :)!

Update!

Bônus - Application HA

Eu devia ter incluído este item na lista, pois é uma das novidades mais interessantes da última versão da suite da VMware. A rigor, o recurso já existia, mas foi aprimorado de uma forma que tornou ele realmente útil.

A idéia de monitorar aplicações não é nova, e como costumo dizer em treinamento, um dos maiores ganhos ao virtualizar o ambiente é o conhecimento maior sobre as cargas de trabalho e utilização de recursos pelas aplicações/serviços, já que toda solução de virtualização oferece recursos de monitoramento do desempenho que são fundamentais para o melhor gerenciamento do ambiente virtualizado.

Com a aquisição da Hyperic, a VMware completou o quebra-cabeça do App HA, e deixou de depender de ferramentas de terceiros pra fazer o monitoramento de aplicações. Agora, a Big V de Palo Alto passa a oferecer a solução completa, do monitoramento à recuperação de falhas, não apenas para hosts e VMs, mas também para aplicações críticas do negócio.

A implementação é relativamente simples: dois appliances virtuais, um pro monitoramento de aplicações (Hyperic), outro para gerenciar o processo todo (monitoramento e recuperação), e pronto.

O App HA é uma novidade muito bem vinda na medida em que a integração maior de mecanismos de monitoramento e recuperação de falhas em aplicações e serviços é uma evolução natural dos recursos de monitoramento de hosts e VMs comuns às soluções de virtualização e computação em nuvem.

Mais detalhes com o Elias Khnaser, outra "sumidade" em virtualização.


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Um comentário:

  1. Pode ficar tranquilo, Willian. Está incluso na licença Enterprise Plus: http://www.vmware.com/products/vsphere/compare.html.

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