Na última quinta-feira a Canonical anunciou o lançamento do Ubuntu 13.10 para desktops, servidores e (pela primeira vez) dispositivos móveis, chegando a descrever a nova versão como "um marco na história da computação."
Segundo o The Register, não é pra tanto, e o contato deles na Canonical definiu a versão móvel do Ubuntu como "o primeiro degrau nessa jornada destinada a desenvolvedores, fabricantes, fornecedores, fornecedores de silício e entusiastas".
A Canonical vem trabalhando com fabricantes de hardware, operadoras e desenvolvedores para trazer smartphones baseados no Ubuntu para o mercado em 2014. No momento, ele só é oficialmente suportado no Samsung Galaxy Nexus e Google / LG Nexus 4 e, mesmo assim, "somente para fins de avaliação".
Ainda assim, o Ubuntu 13.10 inclui o primeiro lote de apps desenvolvidas pela comunidade, e o Ubuntu SDK completo, que inclui ferramentas para criação de aplicativos móveis usando HTML5 ou código nativo.
Ele também vem com Mir, o substituto da Canonical para o X Windows, que está destinado a unificar a interface de usuário em desktops e dispositivos de toque (hummm... acho que já vi essa história). Mas ele só é instalado por padrão em dispositivos móveis, depois que os engenheiros do Ubuntu determinaram que não atendia aos padrões de qualidade estabelecidos para a versão desktop.
Além disso, o Ubuntu 13.10 traz a série usual de correções, atualizações e novas funcionalidades menores que você esperaria de uma nova versão do sistema. Do lado desktop, além de atualizações, a principal novidade são os Smart Scopes (previstos para a versão anterior), o nome da Canonical para os widgets de busca do Ubuntu.
No servidor, a salamandra traz a versão mais recente do Juju, a ferramenta de orquestração de serviços que agora permite que os administradores criem instâncias do Ubuntu no Microsoft Azure e contêineres LXC, além da atualização do OpenStack para a versão "Havana", a mais recente, com suporte a integração com VMware vSphere.
Ao que tudo indica, os maiores esforços da Canonical estão direcionados aos dispositivos móveis, mas tenho dúvidas se este é o melhor caminho a seguir, já que, se o Ubuntu vem consolidando sua força no mercado de servidores, tem sido bastante criticado no desktop desde a introdução do Unity "guela abaixo", e mais recentemente, por outras mudanças controversas, a exemplo da substituição do X Windows pelo Wayland (abortada), e agora pelo MIR.
Se bem que o desktop vai morrer... ou não.
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