Antes de mais nada, quero agradecer ao "Malarro News" pela dica de mais um espetacular artigo do Robin Harris, do Storage Mojo, figurinha carimbada nas citações aqui do blog (recomendo ler sobre a reformulação da Lei de Moore). Mas voltemos ao tema principal do artigo: RAID.
O Robin informa (para minha surpresa e, creio, de muitos) que RAID 5 não funciona desde 2009 para disco SATA, e fornece referência. E pontua:
- Os autores dos estudos que criaram o conceito de RAID em 1988 tomaram outros rumos;
- Google e Amazon não usam RAID em suas estruturas de armazenamento;
- HP, NetApp, EMC e Hitachi estão vendendo soluções noRAID;
A justificativa para não usar RAID, especialmente RAID 5, está no fato de que a evolução tecnológica dos últimos anos criou várias dificuldades para o algoritmo no qual o RAID se baseia:
- Os discos estão maiores, em quantidade e capacidade;
- O tempo de rebuild tem aumentado, e com ele o risco de outro disco falhar durante o processo;
- O próprio volume de leituras e escritas do rebuild aumenta o risco de outra falha, e portanto é necessário suportar pelo menos 2 discos com falha;
Diante deste cenário, alguns fabricantes estão desenvolvendo suas próprias soluções, e a recomendação é, enquanto não se consolida uma alternativa aos mecanismos de RAID atuais, utilizar aqueles que suportam pelo menos a falha de dois discos, como o RAID 6.
Desde a década de 90, alternativas têm surgindo, permitindo inclusive determinar a quantidade de discos com falha que pode ser suportada, e algumas empresas têm investido nisso. A Amplidata é uma delas, e o Robin mostra um vídeo que revela as vantagens de utilizar estes novos algoritmos, que permitem resistir a até 4 falhas com um overhead de armazenamento entre 50 e 60%, o que é melhor que replicar em até 3 lugares diferentes a informação, como fazem, segundo ele, Google e Amazon.
Vamos aguardar os acontecimentos. Por enquanto, vi (numa busca rápida) que tem gente da HP e IBM desenvolvendo pesquisas a respeito.
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