sábado, 27 de julho de 2013

Web, redes sociais e a "receita por inércia" de publicidade na TV

Estava assistindo TV e refletindo sobre os efeitos da utilização de smartphones e tablets pra acessar a Internet, principalmente redes sociais, ao mesmo tempo. Pesquisas mostram que 43% dos brasileiros assistem TV e navegam na web ao mesmo tempo e que a audiência da web já é maior que a da TV.

Fiquei imaginando o que pensa um anunciante ao saber que provavalmente, durante os comerciais da programação da TV, as atenções dos telespectadores não estejam dedicadas aos comerciais, mas a um concorrente muito mais atraente, eu diria imbatível: a Internet.

Vejo duas consequências interessantes disso.

A primeira, vou chamar de "receita por inércia", ou seja, a receita que a TV obtém dos anunciantes pode não ser de telespectadores "efetivos", mas de gente que simplesmente "esqueceu da TV" enquanto navegava na web, negando ao anunciante aquilo pelo que ele pagou: a atenção do espectador.

A segunda consequência é que as TVs, embora haja muitas iniciativas, não estão migrando pra web no ritmo que deveriam, inclusive algumas lutam e resistem o quanto podem a uma tendência que é irreversível. Se a atenção das pessoas está na web, por que as TVs ainda não estão lá "pra valer" ?

Quando a maioria das TVs estiver conectada à web, deverá ser possível vincular a conexão da TV à perfis em redes sociais, sites, etc, possibilitando a verificação se o usuário está ativo na TV ou na rede social (será que já estão desenvolvendo alguma coisa nessa linha ?).

Enquanto isso, vamos sendo bombardeados de forma cada vez mais agressiva na web com propagandas em sites, redes sociais, apps em smartphones, tablets, além, é claro, dos métodos tradicionais da TV e rádio.

O que vocês pensam a respeito ? Por que a resistência das TVs ? Quais as alternativas para os anunciantes em busca de audiência "real" ?

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