quinta-feira, 29 de julho de 2010

FISL 11: Ubuntu Enterprise Cloud


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Fabiano fez uma bela apresentação sobre o Ubuntu Enterprise Cloud, a solução de nuvem da Canonical, cujas características mais importantes destaco abaixo:

- Baseado no Eucalyptus;
- Livre como o Ubuntu, embora o site da Canonical não deixe isso tão claro, conforme comentários de espectadores da palestra;
- A interface (web) da solução foi aprimorada;
- Instâncias não são persistentes, de acordo com o Fabiano;
- Dados precisam ser armazenados separadamente do SO e arquivos de sistema (por conta do item anterior).

FISL 11: As decepções...

Como em todo evento, sempre há aquelas palestras das quais você esperava mais, ou esperava um foco diferente. Às vezes o palestrante "forçou" no título da palestra (é o mais comum no FISL, e já é a 3ª vez que participo), às vezes a palestra é realmente ruim, e às vezes simplesmente não é o que você esperava. Como, mesmo não sendo tão boas, ou ainda que ruins e fracas, é possível extrair algo de positivo da palestra, senão pra mim, pra algum dos meus leitores. Portanto, vamos aos comentários.

Automatizando com Shell + Expect

A idéia da palestra era perfeita, e embora o Rogério Ferreira demonstrasse saber bem do que estava falando, não soube dosar o tempo, e por conta disso sua palestra levou apenas 20 minutos. Pior, ficou enrolando, repetindo coisas que já havia falado, enfim, fazendo o tempo passar, e ainda assim não adiantou. Ficou chato. E o mais grave, na minha opinião, é que ele poderia ter usado o tempo para explorar coisas interessantes, como por exemplo as técnicas que poderiam ser utilizadas para ocultar senhas passadas através do Expect, que é, nas palavras dele, uma aplicação para "interagir com aplicações interativas" (informando quaisquer dados normalmente solicitados ao usuário de forma interativa). Enfim, era uma palestra que tinha tudo para ser um grande sucesso, mas se tornou uma decepção.

Desvendando os mistérios do Cloud Computing

Outra palestra decepcionante. Neste caso, porque o palestrante explicou uma arquitetura "enterprise" - Frontend, Backend, VLANs, balanceamento, SSL offload, etc utilizada para computação em nuvem, mas que, na minha humilde opinião, não diferia em nada de uma arquitetura "padrão" utilizada por empresas de grande porte para sistemas robustos de alta disponibilidade. Assim, embora a idéia de apresentar uma arquitetura fosse interessante, faltou deixar claro onde estava a "nuvem", o que precisava ser revisto, o que diferencia uma arquitetura pensada pra nuvem de uma arquitetura convencional. Se era pra dizer que não há diferença, não precisava tanto.

Soluções inteligentes em shell - Eilis

Antes de explicar porque me decepcionei com esta palestra, devo fazer uma observação. Admiro a sua atitude e iniciativa, Rafael, de criar uma solução para simplificar o compartilhamento de conexões 3G em áreas remotas com acesso precário à web. Mas acho que você poderia ter desenvolvido mais a idéia, pra ter condições de apresentar uma solução mais completa e madura.

See - Segurança em Cloud Computing

Sem dúvida a mais decepcionante de todas. Sinto muito, Marcelo, mas seu software ainda precisa evoluir muito, e você "forçou" demais no título da sua palestra. Por que não dizer que se tratava de um software para facilitar a configuração de produtos já existentes ? Por que "travesti-lo" de software para computação em nuvem quando na verdade não era ? Não foi legal o que você fez. Desejo que seu projeto seja um sucesso, e parabenizo pela iniciativa, mas não posso deixar de fazer uma crítica construtiva. Pelo menos espero que assim seja recebida.

FISL 11: Disponibilidade 99,999%

A palestra Disponibilidade >=99,999% usando Virtualização e Gerenciamento de Pacotes, do Marco Carnut, foi outra das várias palestras técnicas e bastante úteis para quem precisa garantir altos índices de disponibilidade para o ambiente de TI da empresa. A expectativa era grande e foi atendida e superada graças à dinâmica, objetividade e conhecimento demonstrados pelo Marco. Ele falou muita coisa que faz você pensar, e destaco aqui várias delas:
  • Com uma definição de segurança muito interessante, ele deixou explícito que precisamos ser racionais (nada de pensar em soluções absurdas e fora do contexto da organização) e em riscos específicos (somente aqueles que causariam dano significativo);
  • Pra garantir a alta disponibilidade de um ambiente monitorado, é essencial garantir no mínimo a mesma disponibilidade para o sistema de monitoramento, embora isso não aconteça em muitas organizações, e este é um grande desafio;
  • Com um quadro ilustrando o tempo de indisponibilidade tolerado de acordo com a "regra dos nove" para disponibilidade em TI, foi pontuado que é comum levarmos mais que 53 minutos (tempo máximo de parada ao ano para garantir 99,999%) realizando uma tarefa que, em princípio, seria simples e rápida (chego a ouvir meus prezados leitores confirmando: putz, é verdade!). Eu mesmo passo por isso no mínimo uma vez por semana, sendo bem otimista. Agora imagine não poder realizar este tipo de tarefa. Inimaginável, né ?
  • Outra coisa interessante que ele observou é que a maior parte da indisponibilidade no ambiente era causada por atualizações de aplicações (qualquer semelhança é mera coincidência), e portanto este era o ponto crítico a ser trabalhado;
  • Para garantir a alta disponibilidade, eles definiram o que chamaram de anéis, onde o anel 0 (zero) representava o conjunto de aplicações mais críticas e assim por diante, de modo a facilitar a definição de prioridades;
  • Outro ponto importante: questões relacionadas a energia, link, roubo e incêndio foram terceirizadas, pois o grau de exigência era muito elevado e implementar internamente sairia extremamente caro. Eles contrataram serviços da Diveo;
  • Internamente foram tratadas questões como falhas de hardware, conectividade local, paradas para manutenção, tudo resolvido com redundância - cluster de servidores, discos espelhados, switches redundantes, etc;
  • Certos riscos foram simplesmente "assumidos": inundação, terremoto, etc;
  • As soluções utilizadas incluiam Linux com Heartbeat e DRBD para cluster com failover, virtualização com o Linux VServer e gerenciamento de pacotes;
  • A solução Linux VServer foi escolhida por ser a mais leve na avaliação deles, rodando mais VMs por host que VMware, por exemplo;
  • Aliás, um ponto muito interessante da solução deles foi a DEBificação de TUDO: de aplicações a configurações, tudo é empacotado em DEB e instalado nos servidores utilizando o sistema de gerenciamento de pacotes, maduro e estável;
  • Vale destacar ainda a idéia de um ambiente de homologação como snapshot de produção, garantindo máxima fidelidade no ambiente utilizado pelos desenvolvedores;
  • É importante ressaltar também que alta disponibilidade não significa não parar, significa parar o mínimo possível, e voltar o mais rapidamente possível, e portanto falhas eventuais são toleradas;
Esta foi mais uma palestra muito legal do FISL 11.

FISL 11: IPv6


O Antônio M. Moreira, do NIC.BR, fez uma palestra que me trouxe diversas informações bastante interessantes, que destaco a seguir:
  • Em 1992, o IETF, identificando os problemas do IPv4, estabeleceu dois grupos de trabalho, um para especificar o IPv6, e outro para identificar o que poderia ser feito para "amenizar" os problemas do IPv4. O mais legal é que o resultado do 1º grupo todos conhecemos, pois é a especificação do IPv6 que está aí há algum tempo, mas e os resultados do trabalho do outro grupo, vocês sabiam quais são ? Eu não! Este grupo foi responsável pelo DHCP, CIDR (Classless Inter-Domain Routing - não se usa mais classes A,B,C e D pra roteamento), NAT e diversas outras tecnologias muito utilizadas atualmente;
  • Aliás, com relação ao NAT, o Antônio fez uma crítica, se posicionando totalmente contra o NAT em larga escala, uma solução alternativa para contornar o problema da escassez de endereços através da criação de "vários níveis de NAT", o que criaria uma série de problemas relacionados a aplicações de VoIP, P2P e dificultaria até o controle do tráfego e prejudicaria a estabilidade da rede;
  • Outro ponto importante destacado na palestra foi a idéia de uma Internet "fim a fim", ou seja, que permita a conexão direta entre qualquer usuário e qualquer outro, na verdade entre qualquer "coisa", já que o Antônio utilizou o termo "Internet das coisas" para se referir à próxima (ou seria atual ?) revolução da web. E esse princípio de rede "fim a fim" não seria possível com NAT, mas somente com o IPv6, que possibilita, para cada provedor, a mesma quantidade de endereços disponível hoje para toda a web. Legal, não ?
  • Outras características do IPv6 destacadas, além da abundância de endereços, são o fato de que cada usuário doméstico passará a ter uma rede para si, e não apenas um ou alguns IPs, já que a idéia é que cada dispositivo conectado em rede (seja doméstica ou corporativa) tenha seu IP válido.
  • Por fim, é importante destacar que o fim está próximo, em 2012 teremos o "IPv4 end day!", pois a "reserva de IPs" da IANA vai acabar em 2011, e até 2012 devem ser esgotados os últimos endereços disponíveis aos provedores. Portanto, 2011 deve ser (tem que ser!) o ano do IPv6, a menos que outra solução de contorno seja adotada, algo que o Antônio me convenceu que não seria legal.
  • Mais informações sobre o assunto: www.ipv6.br. E continuem acompanhando aqui os posts sobre o FISL11.

FISL 11: Exposição voluntária de informações


A palestra Análise da exposição voluntária de informações privadas na web foi uma grata surpresa, pois o palestrante descreveu o seu projeto de pós graduação, que consistiu em montar uma estrutura de proxy anônimo com o objetivo de verificar a quantidade e tipo de informação que as pessoas são capazes de revelar utilizando uma conexão não confiável, como é o caso de um proxy anônimo.

Assim, foi montado um servidor para hospedar o proxy anônimo utilizando os componentes descritos na figura acima, e a propaganda "boca a boca" foi suficiente para que cerca de 200 usuários (se não me falha a memória) utilizassem o serviço para acessar sites de recrutamento (receio de ser pego pelo chefe procurando outro emprego ?), redes sociais e um sem número de sites, muitos deles sem mecanismos de segurança (leia-se SSL), o que permitiu capturar algumas senhas de acesso a serviços na web.

A metodologia do trabalho incluia a classificação do tipo de informação revelada, de modo a avaliar se as informações eram sensíveis ou não do ponto de vista de segurança (CPF e senha eram considerados críticos, por exemplo). Estes dados foram então analisados quanto à sua utilidade para um indivíduo mal intencionado, revelando que é relativamente simples fazer com que as pessoas forneçam informações sensíveis, mesmo através de meios não confiáveis.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

FISL 11: Criptografia para todos!

A palestra do Alberto Azevedo foi muito bacana também porque mostrou várias formas de utilizar criptografia, algumas não são novidade mas algumas são realmente diferenciadas. Ele estabeleceu uma classificação no estilo tamanho de roupa (P/M/G/GG) pada indicar se a criptografia a ser utilizada era algo mais simples ou mais complexo, ou seja, se era uma criptografia básica ou algo mais sofisticado e, por consequência, mais seguro. Eis os exemplos que foram utilizados:
  • Criptografia no Ubuntu
    • Criptografar uma pasta com o cryptkeeper (imagem acima)
    • Criptografar a pasta home na instalação
    • Criptografia total de disco (experimental)
  • Criptografia usando o Truecrypt
    • Criptografando com containers (é criado um arquivo que funciona como um disco virtual onde você copia os dados que quer criptografar)
    • Criptografando com esteganografia (abre um container ou um "subcontainer" a depender da senha digitada) - recurso anti-namorada-bisbilhoteira ;-)

FISL 11: Korreio: administração simplificada de Postfix, Cyrus e LDAP

O Reinaldo Gil apresentou o software Korreio, que simplifica bastante a administração de servidores postfix, ldap e cyrus.

Destaco abaixo as principais características do software, que já instalei e estou usando, vale a pena!

- Instalação bem simples e documentada em http://korreio.sourceforge.net
- Funciona na estação do administrador (não instala nada no servidor)
- Gerencia LDAP, Postfix e Cyrus (IMAP/POP)
- Suporta o Microsoft Active Directory
- Feito em Python, usando a lib QT
- Pode ser usado o polymer para para melhorar a aparência da aplicação no GNOME, já que a lib QT é do KDE
- Recurso de templates para objetos LDAP permite especificar atributos que serão automaticamente adicionados a novos objetos (usuários, computadores, etc)

terça-feira, 27 de julho de 2010

FISL 11: Cloud Computing Amazon Google



A palestra do Sérgio Pohlmann sobre Infraestrutura para Cloud Computing definiu bem os conceitos de SaaS (Software como serviço - GMail), PaaS (Plataforma como serviço - Google App Engine) e IaaS (Infraestrutura como serviço - Amazon), mas teve como ponto mais interessante a descrição dos serviços da Amazon, como se pode ver na figura acima. O conjunto de serviços inclui diferenciação entre processamento (EC2), armazenamento (S3 e EBS) e gerenciamento (CloudWatch).

Atualização: uma coisa muito interessante que o Sérgio comentou foi o fato de que o SugarCRM é a primeira aplicação certificada para "portabilidade entre nuvens". Ou seja, contratando o serviço de CRM, você tem a garantia de que seu serviço pode ser transferido para outros fornecedores sem problemas, evitando a dependência.

FISL 11: Firewall


A palestra do Hygo Reinaldo, um paraibano muito bem humorado, foi bem legal porque mostrou que há diversas modificações que podem ser feitas via /proc (de forma não persistente) ou sysctl (para manter após boot) que podem aliviar de forma significativa a carga de um firewall Linux. A palestra foi focada em iptables, mas as alterações valem para qualquer servidor Linux que requeira um nível de segurança acima do padrão. Listo a seguir algumas das recomendações:
  • /proc/sys/net/ipv4/icmp_echo_ignore_all - ativar esta opção bloqueia somente os pacotes ICMP echo request, o que é importante pois não afeta o funcionamento de outros pacotes ICMP, que são importantes para o roteamento em redes IP e vai ser essencial nas redes IPv6 (vamos falar da palestra do IPv6 em outro post).
  • /proc/sys/net/ipv4/icmp_echo_ignore_broadcasts - ignora broadcasts ICMP, ajudando a diminuir a propensão a ataques DDOS, especialmente SMURF.
  • /proc/sys/net/ipv4/conf/all/rp_filter - obriga que todos os pacotes que saem por uma interface voltem pela mesma, prevenindo spoofing. Não recomendado para hosts com roteamento dinâmico (RIP, OSPF) e com múltiplos IPs.
  • /proc/sys/net/ipv4/conf/all/accept_redirects - desativar esta opção faz com que o host recuse pacotes ICMP redirect, prevenindo ataques MITM. Acho que pode causar algum tipo de problema em redes distribuídas em várias WANs.
  • /proc/sys/net/ipv4/tcp_syncookies - previne ataques SYN flood, acrescentando informações como IP e hora no ACK de retorno.

FISL 11: NoSQL


A palestra do Julio Viegas demonstrou vários bancos de dados que têm surgido na linha NoSQL, cujo mais conhecido representante é provavelmente o Cassandra, em razão da sua adoção por Twitter, Facebook (que inclusive desenvolveu a solução) e vários outros grandes sites da web.

A idéia básica deste tipo de banco de dados é o armazenamento de "tuplas", na forma (chave, valor), de modo a facilitar a captura e armazenamento de dados estruturados, mas sem o overhead gerado pelo famoso ACID dos bancos de dados relacionais como MySQL e PostgreSQL.

Assim, o foco deste tipo de sistema é o desempenho e não a consistência, embora alguns possam prover algumas garantias. A lista de soluções inclui, como se pode ver na imagem acima, o MongoDB (que nome, hein ?), que traz inclusive um "shell NoSQL" onde é possivel testar todo o seu poder, e ainda o CouchDB, da fundação Apache, e o Redis, entre outros.

FISL 11: Postfix Passado Presente Futuro


A palestra Postfix - Past, Present and Future, do Wietse Venama, foi a melhor do FISL na minha opinião. O criador do Postfix e funcionário da IBM destrinchou a arquitetura do software, explicou porque tomou algumas decisões ao longo do seu desenvolvimento, como a incorporação no "núcleo" do produto somente de recursos que já estivessem sedimentados no mercado e estáveis (SMTP, TLS, etc), deixando para os plugins lidarem com coisas que ainda não estivessem maduras o suficiente ou sofressem mudanças frequentes (SPF, Antivírus, Antispam, etc).


Novas funcionalidades implicam novos programas, garantindo assim a interferência mínima no código, e com a idéia de plugins, o software fica ainda mais seguro e estável. Uma arquitetura muito inteligente, sem dúvida, pois limita os efeitos de erros no código a programas específicos, não afetando (em princípio) outros módulos.


A figura acima ilustra esta arquitetura, onde somente os processos em vermelho são executados no contexto do root, pois são os processos responsáveis pelo armazenamento das mensagens e outras atividades que só podem ser executadas pelo root. A entrega e recebimento de mensagens SMTP, por exemplo, é feita por processos que não são executados no contexto do root.


Uma coisa que achei muito legal foi o fato de que o Wietse foi premiado várias vezes, uma delas por melhorias num componente do sendmail que ele integrou ao Postfix, uma clara demonstração dos resultados que se pode alcançar com as liberdades do software livre. Ou seja, ele fez algo diferente do que já existia, mas aproveitou (e melhorou) algo que já existia e que ele considerou que tinha qualidade.


Outro ponto que vale destacar na palestra foi o impacto para o desenvolvimento do Postfix do vírus Melissa, em 1999, que exigiu mudança no Postfix, já que o meio de transmissão do vírus era o SMTP, embora somente o Windows fosse vulnerável. Curioso, não ?


Confesso que me senti fazendo parte da história, assistindo ao criador discorrer sobre sua criatura (filosofei pesado agora, hein ?). O fato é que o Postfix é um dos melhores softwares livres que já existiu, e ver a palestra do Wietse foi especial pra mim, pois ajudou a entender melhor como é possível transformar uma boa idéia num produto de muita qualidade. E é importante salientar também o papel da IBM, que manteve o Wietse durante muito tempo dedicado exclusivamente ao desenvolvimendo do Postfix. É deste tipo de apoio que o software livre precisa!


Outros pontos que vale a pena destacar sobre a palestra:


  • Comparativamente, o QMail tem muito menos linhas de código (aparentemente), pelo fato de que muitas de suas funcionalidades dependem de patches. Por isso é difícil dizer se o QMail seria ou não mais seguro pelo fato de ter menos código. Sendmail e Postfix têm quantidades semelhantes de linha de código, o que diferencia é a arquitetura.
  • O Postix teve 3 bugs identificados em 2004 (se não me engano), enquanto o PHP teve 200, embora o PHP tenha aproximadamente o dobro de linhas de código do Postfix. É um sinal inegável de qualidade do produto.
  • "Paradoxo: software bugado funciona!". Esta foi uma afirmação curiosa do Wietse, pontuando que apenas parte do código de uma aplicação é realmente testada pra valer, pois se refere às funcionalidades mais utilizadas, e o código "periférico" acaba sendo o alvo preferido de intrusos, já que este código não seria tão confiável, pois se refere a funcionalidades menos utilizadas. Interessante, não ?
  • O desenvolvimento do Postfix sofreu influência de vários outros softwares, utilizados como modelo de arquitetura a ser seguida (ou não): Sendmail, QMail, TIS Firewall Toolkit e Apache.
  • A utilização de buffers de tamanho fixo e smart buffers foi uma tentativa de minimizar os problemas com buffer overflow.
  • A arquitetura de filtragem de mensagens foi modificada algumas vezes, uma delas para atender à legislação de países da Europa onde uma mensagem recebida (SMTP) não pode ser descartada, o que obrigava o Postfix a realizar todas as verificações na mensagem antes de aceitá-la do ponto de vista do SMTP, caso contrário o SPAM teria que ser entregue na caixa do usuário.
  • Wietse destacou a proliferação de tecnologias de autenticação (SPF, SenderID, DomainKeys, DKIM, SRS, ADSP e outras) foi algo que motivou o suporte a plugins.
  • Foi exibido um gráfico do Google Trends para demonstrar o (des)interesse das pessoas por software de correio eletrônico, ilustrado com as seguintes afirmações, em tradução livre:
    • "Lições de soberba:
      • Uma minoria dos usuários está interessada em servidores de correio
      • Esta minoria está diminuindo firmemente."
  • Foram destacados os desenvolvimentos mais recentes no produto, como o "workaround" para sobrecarga temporária, verificação de IP de remetente e suporte a múltiplas instâncias.
  • Foi exibido um gráfico mostrando que 90% das mensagens é SPAM, e 84% do SPAM é enviado por botnets.
  • Como identificar se o postfix está sobrecarregado por SPAM: atraso na entrega de mensagens, registro de perdas de conexão e avisos "all servers ports busy".
  • Desobedecer a RFC foi a solução encontrada para evitar a sobrecarga, já que o timeout padrão de 5 minutos fazia com que o servidor "perdesse tempo" esperando por confirmações que não viriam, e a solução foi (simplificando) embutir um código na mensagem SMTP e verificar este código depois. Como as botnets não verificam as respostas do SMTP, as mensagens chegam sem o código e parte do SPAM é evitado.
  • Mas a novidade mais interessante mesmo é o Postscreen, que implementa alguns filtros interessantes e um esquema inteligente de "pre-greeting", ou seja, uma técnica que envia o EHLO com múltiplas linhas, fazendo com que muitos bots respondam antes da hora tentando enviar o SPAM, o que permite identificá-los. Claro que é uma questão de tempo até as botnets ficarem mais inteligentes, mas por enquanto vai resolver parte do problema. E há ainda a perspectiva de desenvolver controles para bloquear requisições de acordo com o horário e localização geográfica, que tal ?
Ufa! Esta palestra foi realmente muito, muito legal, do jeito que eu gosto, sem muito blá blá blá e com muita informação técnica, como vocês puderam ver. Espero que as informações tenham sido úteis, e continuem acompanhando a série de posts sobre FISL 11.

FISL 11: Segurança Cloud Computing


A palestra do Darlan Segalin, que está disponível no site dele, foi interessante por mostrar algumas soluções de computação em nuvem disponíveis no mundo do software livre. Eu já tinha conhecimento do Eucalyptus, como chegamos a informar aqui no blog, mas não conhecia o OpenNebula nem o Enomaly, soluções tão ou até mais maduras que o Eucalyptus, que inclusive é a base do Ubuntu Enterprise Cloud, solução da qual falaremos em outro post. Um dos pontos mais interessantes destas soluções são a compatibilidade com diversos produtos de virtualização do mercado, como Xen, KVM e vSphere.

FISL 11: nginx

Esta foi uma das palestras mais surpreendentes do FISL 11, pelo menos pra mim, que não conhecia o nginx. O nginx é um servidor web de alto desempenho, e a palestra do seu criador, o russo Igor Sysoev, descreveu as características técnicas que fazem com que o software seja tão eficiente, o levando a figurar no "Top 3" dentre os servidores web mais utilizados pelos 1000 sites mais acessados do mundo, de acordo com a Google. A lista de sites "de peso" que utilizam o nginx é grande, e conta com nomes como SourceForge, Wordpress, Bit.ly, Twitpic, Hulu, Archive.org e outros. Aqui no Brasil, Terra e IG utilizam, e citaram isso em outras palestras.

A arquitetura diferenciada, que não se baseia na idéia de uma thread por conexão, entre outras características, fazem do nginx, de acordo com seu desenvolvedor, um software capaz de suportar uma carga muito grande de requisições com utilização mínima de memória, fazendo com que muitas empresas o prefiram em detrimento do Apache.

Eu ainda me surpreendo com este tipo de coisa, pois quando achamos que determinadas soluções já estão bem resolvidas e maduras, uma nova solução surge e demonstra que sempre há espaço para inovação. Algo curioso é o fato de que o desenvolvimento do nginx foi iniciado em 2002, mas foi a partir de 2006 que ele começou a crescer em utilização e ocupar um espaço maior no mercado, de acordo com o Google Trends.

FISL 11: Locaweb + Spree




O Fernando mostrou como a Locaweb adaptou o Spree, uma plataforma de comércio eletrônico com suporte a extensões, de modo a ajustar a solução às necessiades do mercado brasileiro, com suporte a meios de pagamento nacionais, além de outras mudanças necessárias à utilização da plataforma pela Locaweb. A palestra está disponível no Slide Share. Eu não conhecia o Spree e achei a solução interessante, embora esta não seja a minha área de atuação.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

FISL 11: Segurança em Virtualização com KVM


O Klaus Kiwi, funcionário da IBM, fez mais uma palestra interessante do FISL 11, explicando o funcionamento do KVM e destacando questões importantes de segurança, como o fato de que as VMs rodam no contexto do root, a utilização do ebtables para controle de MAC das VMs, além da utilização do SELinux para minimizar os problemas da execução no contexto de root. A palestra está disponível no seu blog.

FISL 11: Auditoria em sistemas Linux

O Luiz Vieira, da 4Linux, fez uma ótima palestra, citando as normas ISO 27001 e 27002, tratando de conceitos de auditoria e, principalmente, indicando várias ferramentas bem interessantes (vide imagem acima). No final ele fez um demo do Lynis que foi bem legal também. Nós já havíamos listado aqui uma série de ferramentas de segurança focadas em Ubuntu, e a palestra dele serviu pra atualizar o meu kit (não sabia, por exemplo, que o Tiger havia evoluído para TARA). Resumindo, uma ótima palestra de um especialista que demonstrou domínio do assunto e trouxe várias informações úteis.

FISL 11: Automação com puppet no Terra

O Jefferson, do Terra, apresentou a utilização do puppet para gestão automatizada da configuração das centenas de servidores, dentro de um processo que automatiza desde a instalação do SO, serviços, configurações diversas e inclusão no sistema de monitoramento. A palestra foi muito interessante, mas acho que o Jefferson poderia ter sido mais didático, já que tive alguma dificuldade para compreender os detalhes do funcionamento do puppet. De qualquer maneira, a solução que o Terra encontrou para fazer a implantação de dezenas de servidores rapidamente . Deixo aqui as referências indicadas: http://docs.puppetlabs.com e http://github.com/lak/puppet.
image
Conforme podemos observar no diagrama acima, a solução permite a configuração automatizada de serviços com controle de versão (SVN ou outro sistema), permitindo controlar todos os detalhes das configurações distribuídas aos clientes. A comunicação via HTTPS simplifica a segurança, na medida em que é comum a liberação do acesso via HTTP/HTTPS aos servidores. Com os vários tipos de recursos suportados (pacotes, grupos, etc) é possível fazer uma gama bem diversa de configurações, desde instalar pacotes e atualizar arquivos de configuração até ajustar configurações de permissão em grupos. Certamente uma solução extremamente útil para garantir a padronização da configuração de servidores.

domingo, 25 de julho de 2010

FISL 11: Virtualização na PROCERGS e VirtTool na CONAB

A palestra sobre o projeto de virtualização da PROCERGS foi bem interessante, e destaco alguns pontos abaixo:

- Várias soluções foram avaliadas, considerando ambientes mainframe, Unix e Windows;

- O XEN foi escolhido pelos critérios desempenho e plataformas suportadas, entre outros, mas não foram fornecidos maiores detalhes;

- Um requisito interessante deles era o de contrato de suporte para solução, que muitas vezes é o que emperra soluções livres, já que o cliente não tem a quem recorrer, por isso acredito que é necessário incentivar empresas que forneçam suporte a soluções livres, e o Portal do Software Público foi um passo muito grande na direção certa;

- Definição de dois clusters, um para Internet e outro para a rede interna;

- Uso de LVM para facilitar o gerenciamento do espaço em disco;

- Separação do armazenamento, dedicando um storage mais barato para armazenamento de ISOs, outro para armazenamento do SO e outro ("nobre") para dados;

- Aparentemente não utilizam nenhuma solução de gerenciamento, é tudo manual;

- Sistema de inventário não previa VMs, somente máquinas físicas, o que chegou a provocar o desligamento de um host por engano!

- Desenvolveram ferramenta para monitoramento e usam Zabbix nas VMs e hosts.

Outra palestra sobre Xen que vale a pena destacar é a do pessoal da CONAB, que desenvolveu o VirtTool, uma solução para o gerenciamento de clusters Xen e QEmu via web, com monitoramento para alta disponibilidade e que utiliza a libvirt.

FISL 11: Expresso em Nuvem

O diretor-presidente do SERPRO, Marcos Manzoni, anunciou no FISL 11 a oferta do Expresso como um serviço em nuvem para "todas as esferas do governo". é uma iniciativa ousada, que espero que dê certo, mas sobre a qual tenho algum receio em virtude de ser o Expresso uma solução que ainda apresenta problemas, digamos, "chatos", principalmente do ponto de vista do usuário.

A impressão que tenho é que a interface não evoluiu tanto quanto o "backend" da solução, de forma que temos, de um lado, falhas que chegam a ser ridículas, como erros ao lidar com rascunhos e outros recursos básicos de correio eletrônico, incompatibilidade com navegadores, e de outro temos recursos como o armazenamento de mensagens offline, que, se não é estável como seria desejado, é um recurso inovador e diferenciado em relação a muitas soluções de correio. Há inclusive rumores de que o SERPRO teria "congelado" o desenvolvimento do Expresso para investir mais pesadamente na solução dos problemas da interface web.

Por isso, repito: a iniciativa é muito ousada, e nos resta aguardar e ver se os esforços do SERPRO serão suficientes para tornar o Expresso uma solução de ponta!

Mais informações no Portal do SERPRO, e continuem acompanhando as notícias do FISL 11 aqui no blog.

FISL 11: #Google e o Software Livre

A apresentação foi feita pela Fernanda Weiden, e trouxe uma série de estatísticas sobre os inúmeros projetos de software livre que o Google apóia.

Muita gente sabe que Google e software livre tem muito a ver, embora algumas das soluções internas, como a Big Table, a empresa de Mountain View prefira manter sob controle estrito.

Mas isso não significa que não devamos reconhecer a enorme contribuição da empresa para o software livre, com código para o MySQL, kernel do Linux e muito mais. Afinal, mais de 18 milhões de linhas de código (e mais 10 milhões do Google Summer of Code), mais de 800 projetos não é pouco não! Para conferir tudo que a "Big G" faz pelo software livre, confira a página especial sobre o assunto, e não deixe de conferir os patches disponíveis com código fonte, podem ser uma excelente fonte para estudos e mesmo para uso prático, como no caso do pdftohtml.

Continuem acompanhando aqui as notícias do FISL 11.

FISL 11: 49 palestras em 4 dias!

Podem me chamar de maluco, mas é verdade, eu assisti nada menos que 49 palestras no FISL 11! E olha que o vôo de volta foi às 19h do sábado! Acho que vou solicitar o registro no Guinness, afinal deve ser um recorde! Listo abaixo todas as palestras que pude presenciar, e pretendo fazer comentários sobre a maioria, pelo menos. Mas gradativamente, até pra não ficar cansativo pra vocês e pra mim. Fiquem à vontade pra solicitar maiores informações sobre os assuntos que julgarem mais interessantes.

 

Quarta
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LTSP-cluster : Large scale thin-clients deployments - Patrice Albaret, Fernando Laudares
Google e Software Livre - Fernanda...
Virtualização de Servidores na PROCERGS - Daniel Merino Masina, Tiago Cardoso 
WebMadeMovies Sprint, com Brett Gaylor
INOVAPOA - Mecanismos de incentivo ao desenvolvimento tecnologico - Newton Braga
iBatis - Desenvolvendo em java sem perder o poder do SQL - Gustavo Bahnert
Java EE 6 Toolshow - Arun Gupta
Xen: Ferramenta de Administração da Conab - Evandro Alves (cheguei no finalzinho, só deu tempo de pegar o link pro VirtTool)
Traduzindo Software Rapidamente e em Larga Escala - Job Diógenes Ribeiro  (não esperava nada demais, mas até que foi interessante)
Web Semântica, a terceira geração da Web - Otávio Calaça
Korreio: um software para administração de correio eletrônico - Reinaldo Gil
Puppet – Torne seu datacenter ágil - Jeferson Rodrigues
Gerenciamento Eletrônico de Documentos - GED - Ricardo Batista Rebouças
Auditoria em sistemas Linux - Luiz Vieira
Prédio 11, Auditório - IaaS - Cloud Computing quebrando paradigmas em empresas de WebHosting! - Luiz Thiago
Locaweb + Spree: transformando código aberto em um projeto comercial - Fernando Hamasaki
 
Quinta
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Segurança em Virtualização utilizando o KVM - Klaus Heinrich Kiwi
SELinux: como tornar um servidor seguro - Alex Sander de Oliveira
Crash Course on Git - Scott Chacon
nginx: a lightweight webserver focused on performance - Igor Sysoev 
Segurança e Desafios em Cloud Computing - Darlan Segalin
Automação de Datacenter - Adriana Machado
O novo protocolo de comunicação WEB: WebSockets - Wellington Macedo
Software Livre Realidade Comercial ou Paixão ? - Silvio Palmieri
As informações descriptogradas de hoje, são os dados vazados de amanhã - Alberto J. Azevedo
It's All About Me (Mobile and Embedded - Roger Brinkley
Postfix: past, present and future - Wietse Venema (2h)
NoSQL livre - Julio Viegas
 
Sexta
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Red Hat - Cloud Computing - Ricardo Bimbo, Leonardo Mello
FreeSWITCH - João Leonardo
Dados Abertos na Web - Carlinhos Cecconi, Vagner Diniz
Monitoração de Servidores de Aplicação Java EE com Zabbix e Zapcat - fernando@lozano.eti.br
Combining Linux High Availability Clusters with Data Replication (DRBD) - Darlan Segalin
Filtro de Pacotes: Eficiência e Segurança usando aplicações Software Livre - Hygo Reinaldo
Uso de Soluções Livres para Cloud Computing com multiplos Servidores - Sergio A. Pohlmann
Automatizando Tarefas ao Extremo com Shell e Expect - Rogerio Ferreira
The evolution of Ganeti, an Open Source manager for clusterized virtual machines - Michael Hanselmann
Ext4: A nova geração dos Filesystems - Kleber Sacilotto de Souza, Breno Leitao
Análise da exposição voluntária de informações privadas na internet - Juliano Quadrado
Designing open source software for the cloud - Nate Aune
Desvendando os conceitos e mistérios do Cloud Computing na prática - Marcelo Lima
 
Sábado
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Desenvolva seu Plasmoid JavaScript em 20 minutos - Sandro Santos Andrade
IPv6: porque você deve incluí-lo em seu software e em sua rede - Rodrigo Regis
O mundo empresarial nas nuvens com software livre - Julio Viegas
Monitoração com Nagios - Márcio Pessoa
Disponibilidade >=99,999% usando Virtualização e Gerenciamento de Pacotes - Marco Carnut
Conhecendo o Ubuntu Enterprise Cloud - Fabiano Weimar
Soluções administrativas com o Cygwin, ou como fazer o Windows te obedecer... - Ricardo Jurczyk Pinheiro
See project - Segurança em Cloud Computing - Marcelo M. Fleury
 
Vou postar muita coisa sobre o FISL 11 nos próximos dias, então fiquem ligados!

Baixe flmes, música, livros e aplicativos!

Busca nos principais serviços de downloads (torrents, rapidshare, megaupload, 4dhared, etc) 


searches sites including: http://www.yourbittorrent.com/, http://sumotorrent.com/, http://www.kickasstorrents.com, http://tracker.btarena.org, http://www.newtorrents.info

http://www.google.com/cse/home?cx=000230079134078443467:1d-dtg1elzi

Compre barato!

Os sites de compras chineses são os mais baratos do mundo, por isso criei esta pesquisa para facilitar a busca por produtos nestes sites. Aproveitem! 


searches sites including: http://www.asiatronic.com, http://www.dealperfect.com, http://www.compredachina.com, http://www.strawberrystores.com/, http://www.uxcell.com

http://www.google.com/cse/home?cx=000230079134078443467:uivbxhqpyj0

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FISL 11: Nuvem, nuvem, nuvem!!!

Bem amigos da rede globo, falamos (digo, escrevemos) diretamente de Porto Alegre para informar que o FISL deste ano, em sua 11ª edição, está "nas nuvens". O foco (fortíssimo) do evento está direcionado para a discussão de conceitos, idéias e soluções envolvendo a computação em nuvem, ou cloud computing. Muita coisa interessante tem sido abordada, e vale a pena destacar algumas palestras mutio legais.

IaaS - Cloud Computing quebrando paradigmas em empresas de WebHosting!

Luiz Thiago

Segurança e Desafios em Cloud Computing

Darlan Segalin

DeltaCloud. Many clouds. One API. No problem.

Eduardo Terrell Ferrari Otubo

 

Open Source e Cloud Computing

Bruno Peres Ferreira de Souza

Fabiane Bizinella Nardon

 

Designing open source software for the cloud

Nate Aune

Desvendando os conceitos e mistérios do Cloud Computing na prática

Marcelo Lima

Red Hat - Cloud Computing

Ricardo Bimbo 

Leonardo Mello

Uso de Soluções Livres para Cloud Computing com multiplos Servidores

Sergio A. Pohlmann

What freedoms in the cloud ?

Karsten Gerloff

Conhecendo o Ubuntu Enterprise Cloud

Fabiano Weimar dos Santos

Mais detalhes sobre as palestras nos próximos dias, por enquanto vocês podem ficar com a cobertura do FISL 9, e conferir a grade de palestras no site do FISL 11.

Congresso Nacional em Gestão de Projetos 2010

A pedido, estamos divulgando este evento muito interessante e importante para os interessados em gerenciamento de projetos.

Apresentação:

Compartilhar idéias, experiências, explorar as melhores práticas e lições vivenciadas por diversos profissionais e organizações do País, além de agregar valor aos associados fomentando a criação de network na comunidade de Gerenciamento de Projetos na Bahia.Com estes objetivos, o PMI Capítulo Bahia promove em Salvador entre os dias 11 a 13 de agosto, no Fiesta Bahia Hotel, o Congresso Nacional em Gestão de Projetos 2010.

Serão 16 PDUs para o congresso e 04 PDUs para cada mini curso.

Inscrições no site: http://www.cngp2010.pmiba.org.br/

Algumas Palestras:

Palestrante - Pedro Janot (Keynote Speaker) - "Um Pais de Oportunidades: Case da Azul Linhas Aéreas Brasileiras"

Palestrante - Brian Weiss (Keynote Speaker) - " Gerenciamento de Projetos como uma competência estratégica"

terça-feira, 20 de julho de 2010

Usando a web para conhecer os políticos e votar melhor

A web tem se tornado cada vez mais o meio preferido para um conjunto de ações que antes ocorriam fora do "mundo virtual". As eleições são um dos maiores exemplos disso, pois, com exceção das famosas mensagens indesejadas que recebíamos dos candidatos, as campanhas aconteciam exclusivamente no "mundo real".
Um fato merece destaque para justificar esta mudança: a eleição do atual presidente americano, Barack Obama, que foi impulsionada pelo uso dos diversos canais de comunicação disponíveis na web (Twitter e outras redes sociais, sites, blogs, etc), demonstrando pela primeira vez que a utilização adequada destes meios pode fazer uma grande diferença na eleição (ou não) de um candidato.
Este texto tem o objetivo de fornecer algumas dicas sobre como encontrar informações relevantes sobre os candidatos na web, de forma que você possa acompanhar notícias, conhecer melhor o político e ter informações suficientes para tomar a melhor decisão em outubro próximo. Dá até pra trocar mensagens com eles, se desejar.
Sem mais rodeios, vamos ao que interessa:
Twitter

O serviço de informações em tempo real se tornou rapidamente uma excelente fonte de informações sobre todo tipo de assunto. As notícias mais recentes sobre tudo que acontece no mundo aparecem primeiro no Twitter, por isso mesmo é o melhor lugar para acompanhar tudo que os candidatos andam fazendo, seja diretamente pelo Twitter dos próprios, ou acompanhando os tweets de veículos da imprensa que noticiem sobre política. Segue o Twitter de alguns candidatos para quem quiser acompanhar, inclusive candidatos da Bahia.

Dilma Rousseff - http://twitter.com/dilmabr
José Serra - http://twitter.com/joseserra_ (note o sublinhado)
Geddel Vieira Lima - http://twitter.com/geddel
Wikipédia
A enciclopédia colaborativa é uma boa fonte de informações sobre candidatos, embora haja alguma desconfiança sobre a qualidade e confiabilidade das informações lá existentes. O fato é que quanto mais informação melhor, portanto não deixe de conferir as páginas de alguns candidatos na Wikipédia.

Alertas do Google

Se você tem uma conta no Google (GMail), basta acessar http://alerts.google.com e indicar o nome do candidato que deseja "monitorar", e clicar em criar alerta. A partir daí, você receberá diariamente, semanalmente ou em tempo real os resultados do "monitoramento". Ou seja, cada vez que o buscador identificar na web qualquer menção ao nome do candidato, será enviada uma mensagem pra você. Fácil, né ? Os alertas do Google podem ser úteis para monitorar qualquer coisa, este é apenas um exemplo de sua utilidade.

Outras informações


Alguns candidatos possuem portais e blogs próprios ou mantidos por simpatizantes, e basta buscar pelo nome do candidato desejado para ter informações sobre estes portais.
Outras buscas interessantes a serem feitas incluem a utilização das palavras comuns da nossa política, como escândalo corrupção, e podem ser uma boa forma de ter acesso às notícias sobre casos de corrupção e escândalos envolvendo os candidatos.
Mas cabe uma ressalva: leia sempre pelo menos duas fontes distintas. Se tornou comum no país a compra da imprensa pelos políticos, desta forma todo político tem pelo menos um veículo encarregado de "maquiar" as notícias para dar uma conotação que o favoreça. Mesmo os veículos supostamente isentos, como as emissoras de TV, rádio e até os portais de notícias da web como UOL e Terra, não são imparciais como deveriam, portanto confira sempre os dois lados da história, e tire suas próprias conclusões.
Pra finalizar, quero deixar aqui um recado muito importante: a web é uma excelente fonte de informações que pode ser útil para os mais diversos propósitos, e sendo assim, cabe a cada um de nós fazer o melhor uso possível delas. Portanto, aproveitem!
Tem alguma dica interessante para ajudar as pessoas a votar melhor ? Indique aqui!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Atheros e Wilocity planejam chip #Wifi/#WiGig

Já falamos aqui que está sendo travada uma verdadeira batalha para definir qual será o padrão adotado para a comunicação sem fio integrada em nossas casas no futuro próximo. TVs com wifi se multiplicam no mercado, mas diversos outros padrões estão na briga, já que, pelo menos hoje, mesmo com 802.11n, há limitações que dificultam (se é que não impedem) a transmissão sem fio de "dados pesados", como é o caso dos vídeos em full hd.

Atentas a este cenário, Atheros e Wilocity, duas empresas com tecnologias bem desenvolvidas para transmissão de dados em redes sem fio (Wifi e WiGig, respectivamente) planejam uma parceria visando desenvolver um chip "tri-band" que seria, ao mesmo tempo, compatível com os 300 Mbps do 802.11n, além dos já velhinhos 802.11b e g, além de suportar os 7 Gbps do padrão WiGig. Gostei da abordagem, e espero que dê certo. Via PC Mag.

Impressoras #HP vão acessar #Google Docs


A HP vai lançar uma linha de impressoras e scanners que vão permitir imprimir e digitalizar documentos de/para o Google Docs. Legal, né ? Caso você também tenha gostado da idéia mas não pretenda adquirir uma impressora ou scanner HP por agora, o aplicativo ScanDrop promete viabilizar o mesmo recurso, através do seu PC. Via Lifehacker.

domingo, 18 de julho de 2010

HP lança "web via SMS" na Índia

Na Índia, como em muitos países em desenvolvimento, há um percentual muito grande de aparelhos celulares sem capacidade de acesso à web. Assim, faz todo sentido pensar num serviço que, através de comandos SMS denominados tasklets, permite realizar tarefas como comprar um livro na Amazon enviando uma mensagem "buy harry potter 4". Interessante, não ? De quebra, o serviço permite a utilização de comandos por voz, de forma que a mesma compra poderia ser feita ligando para um número determinado e falando o comando.

Aos proprietários de sites, está disponível o e-mail sitemobile@gmail.com para entrar em contato de forma a viabilizar o acesso via SMS, expandindo em muito o alcance do seu site, especialmente em países menos desenvolvidos. Resta saber se a idéia vai mesmo pegar, não apenas na Índia, mas em outros países.

Mais informações no site oficial da iniciativa, denominada Site on Mobile. Via Download Squad.

 

sábado, 17 de julho de 2010

Otimizando o processo de Requisição de Serviços #ITIL



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Tecnologia que Interessa!
O Troy, da Pink Elephant, traz mais um texto muito bacana mostrando o "caminho das pedras" para, gradativamente desenvolver o processo de gerenciamento das requisições de serviço, aquelas solicitações comuns do usuário que envolvem instalação de aplicativos e outras demandas simples e corriqueiras no dia a dia de um Service Desk.

O Troy adota uma abordagem na qual sugere um Roadmap para levar o processo desde um estágio inicial totalmente manual e dependente da equipe do Service Desk até um estágio em que as solicitações possam ser atendidas de forma automatizada, com a solicitação feita pelo usuário através de um portal de serviços (o catálogo). Segue abaixo a minha tradução livre do trecho que descreve as 3 "fases evolutivas" do processo.


"Passo 1: O processo é gerido como uma extensão do Gerenciamento de Incidentes pelo Service Desk. Não há separação de elementos ou papéis e responsabilidades bem definidos. O processo de registro é diferenciado a partir do registro de incidentes por um atributo no registro de incidente que o estabelece como um pedido. Esta diferenciação permite relatórios específicos e políticas de escalonamento diferenciadas.

Passo 2: O processo é entendido como algo separado e distinto do Gerenciamento de Incidentes e sua relação com outros processos está definida em termos de elementos requeridos. O processo é gerenciado por uma ferramenta que suporta a gestão da atribuição de tarefas complexas a vários grupos de suporte responsáveis por diferentes aspectos do pedido, seja atuando em paralelo ou em tarefas sequenciais.

Passo 3: O processo é inicado a partir da solicitação por um portal ou catálogo de serviços que dispara o fluxo de trabalho que envolve aspectos como aprovação do pedido e provisionamento de elementos do serviço. Há integração com outros processos-chave, tais como contratos, gestão de ativos e fornecedores, para os processos de provisionamento.
Lembre-se que a perfeição não é sempre a meta e que a melhoria incremental é melhor do que nenhuma melhoria."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Spindex e Twitter Bing Maps, a #Microsoft mostra suas armas

Percebendo que o modelo de negócio baseado em vendas de aplicativos desktop está com os dias contados, a Microsoft não pára de investir na nuvem, e este texto traz dois dos muitos exemplos de serviços que a Microsoft está lançando ou pretende lançar em breve.

O Spindex é um agregador de redes sociais baseado em convites (pelo menos por enquanto) que promete concentrar toda a "vida social na web" de forma a simplificar seu gerenciamento. Aliás, não param de surgir iniciativas nesta linha: Inbox2, FriendFeed, Profilactic e muitos outros.

Já o Twitter Bing Maps é um serviço que permite, através dos recursos de geolocalização, visualizar "mapas de tweets", muito útil para entender o comportamento dos usuários em redes sociais.

Sem falar na recente atualização dos aplicativos do Windows Live Essentials, que ampliam muito a integração do MSN, por exemplo, com serviços de redes sociais. É a Microsoft tentando recuperar o tempo perdido. Será que vai dar tempo ? Via IDG Now!

Serviço identifica conteúdo copiado na web

 

O Copyscape é um serviço que, infelizmente, não é gratuito, mas mesmo a título de testes, ajuda a obter informações bastante interessantes sobre quem anda copiando seu conteúdo na web. Assim descobri que tem gente que copia conteúdo aqui do blog, felizmente com autorização e citando a referência. Ah bom! Via IDG Now!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

#Google #Buzz integra comentários e "likes"

Ao abrir meu GMail hoje e acessar o Buzz me deparei com uma informação sobre o novo recurso que integra comentários e postagens que o usuário gostou no perfil do usuário. Perguntado se desejava ativar o recurso, informei que sim e o resultado pode ser conferido na imagem acima. Agora, além das postagens, aparecem no perfil os comentários e "likes". Achei o recurso interessante porque pode funcionar como uma espécie de favoritos, ou seja, normalmente comentamos quando achamos que algo é relevante e merece nossa atenção, e o mesmo vale para o recurso "gostei". Por isso, ao fornecer uma visualização simples e fácil destas informações, a Google disponibiliza mais uma maneira de encontrarmos aqueles textos que nos chamaram a atenção, além de permitir relembrar nossa opinião sobre determinado assunto. E vocês, o que acharam do novo recurso ?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Aplicações saudáveis no #smartphone (#Android, #iPhone ou #Blackberry)

O Daily Wireless traz uma lista de aplicativos para Android, iPhone e Blackberry indicadas pelo Consumer Reports e que ajudam a cuidar da saúde. Há desde aplicativos para controlar dietas e exercícios, passando por orientações sobre primeiros socorros e até controle de ciclo menstrual e do uso de medicamentos. Transcrevo a lista reduzida do Daily Wireless, e a lista completa você confere aqui.
  • Diet Tracker for the iPhone. $2.99
  • Absolute Fitness for Android. $4.99
  • No Smoking for Blackberry. $9.99
  • Ovulation Calendar for Blackberry. $2.99
  • Pocket First Aid & CPR from American Heart Association for iPhone. $3.99
  • Your Pregnancy Week by Week for Blackberry. $15.99
  • Sleep logger for Android. FREE
  • iSunBurn for iPhone. $0.99
  • TouchBreath for Android. $4.95
  • ICE for Android. $2.99
  • NIH Breast Cancer Consultant for Blackberry. $3.99
  • My Personal Health Record for Blackberry. FREE
  • Medication tracker for iPhone. $0.99
  • Taber’s Medical Dictionary for Mobile & Web. Android. $49.99
  • Epocrates RX for iPhone. 3,300 drugs. FREE
  • NEPH Calc for Blackberry. FREE
  • ICD9 consult for iPhone. $14.99
  • Kaplan Medical Terms for Nurses for Blackberry. $9.99
  • Human Body 3D anatomy for iPhone. $3.99