A palestra do Chris Hoffman, da Mozilla, foi bem interessante!
Ele começou comentando sobre a história do Mozilla Firefox, e lembrou que o Internet Explorer tinha 98% de market share quando Firefox foi lançado. Apesar disso, a raposa fez sucesso e foi determinante ao estabelecer o início de uma nova geração de navegadores.
O Chris comentou ainda a estagnação dos ambientes web depois do HTML e Javascript, e citou uma série de tecnologias que estão disponíveis ou em desenvolvimento atualmente (não consegui anotar todas, mas no site da Mozilla tem bastante coisa), citando CSS, HTML5, Open Video, e muitas outras.
Ele comentou ainda sobre algumas iniciativas da Google, como o arrastar e soltar dos mapas (antes era clicando em botões, e recarregava toda a página) e o uso de XMLHTTPRequest no GMail (vulgarmente conhecido como Ajax).
Falou ainda do novo ciclo de desenvolvimento do navegador, e dos "canais" Aurora e Beta, o primeiro destinado aos early adopters e o outro àqueles que querem um pouco mais de garantia de estabilidade, mesmo para um beta.
Fez também um contraponto, lembrando que em 2000 a preocupação era impedir a integração de um navegador ao S.O., e hoje não importa mais, pois o navegador se tornou a plataforma para execução de serviços web, independente das camadas inferiores da arquitetura de hardware e software.
Pontuou então que o software livre está ficando pra trás em relação à Apple e Google, cujas iniciativas (iCloud, GMail, etc) buscam o controle dos dados e do acesso à informação dos usuários. Uma excelente ferramenta de Data Mining, segundo ele.
Lembrou o programa do governo americano em 2001 que pretendia armazenar todos os dados dos usuários em servidores do governo, e que foi rechaçado com veemência à época. Hoje, segundo ele, o controle está travestido em logos bonitos (Google, Twitter, Facebook) e serviços que coletam dados, e ninguém se importa.
Uma frase muito legal que destaco: "O market share das empresas não devia ser medido pela quantidade de informações pessoais que elas detém".
Lembrou também frases de Eric Schmidt (Google): "Se há algo que ninguém pode saber, você não devia estar fazendo" (ou algo assim :), e de Mark Zuckerberg (Facebook), que disse que "em algum momento os usuários vão superar sua ansiedade por privacidade".
O Chris se posicionou contrário a este pensamento dizendo "Eu quero me comunicar com meus amigos, não com o Facebook", e completou: "sites não deveriam coletar mais informações do que o necessário".
Informou também que a Mozilla está preocupada em prover portabilidade de dados para os usuários, e destacou que o Firefox Sync criptografa seus dados antes de armazenar na nuvem. Disse também que um milhão de usuários configuraram a opção "Do not track" no Firefox 5, que faz com que o navegador inclua uma informação no cabeçalho HTTP indicando que o usuário não quer que suas informações sejam rastreadas. Infelizmente, é necessário que o sites levem em conta este cabeçalho.
Pra finalizar, destaco um slide da palestra que mostra o tamanho da comunidade do Mozilla Firefox. Impressionante!
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